Pandemia atrasa inclusão feminina: 26 milhões de mulheres estão fora do mercado de trabalho, o dobro dos homens

Três anos após início da pandemia, as mulheres ainda sentem mais o impacto no mercado de trabalho. O número de adultas fora da força de trabalho no fim de 2022 foi o dobro do de homens, cuja participação já voltou ao patamar pré-pandemia. Elas ainda estão atrás dos números anteriores a 2020 porque foram as mais atingidas pelo desemprego e têm maior dificuldade de voltar a trabalhar.O desafio é maior para mães de crianças de até 5 anos, revela uma pesquisa da Sociedade de Economia da Família e do Gênero (Gefam), com base em dados da Pnad Contínua, do IBGE.

O estudo mostra como os efeitos econômicos da Covid-19 foram sentidos de forma desigual entre os gêneros. A pandemia interrompeu uma tendência de maior inserção feminina na vida profissional, e a recuperação foi mais rápida para os homens.

No fim de 2022, 26,1 milhões de adultas estavam excluídas do mercado, enquanto o número de homens à margem era de 12,7 milhões, menos da metade do contingente feminino.

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